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sábado, 20 de agosto de 2011

Penso, Logo Existo- Adalberto


"Este é o princípio fundamental de toda a certeza racionalista. Para chegar ao 'penso, logo existo', Descartes utilizou-se da dúvida radical ou hiperbólica. Ele duvidou inicialmente de suas sensações como forma de conhecer o mundo, pois as sensações enganam sempre, duvidou posteriormente da realidade externa e da realidade dos seu corpo como forma de comprovar que o conhecimento certo, através do argumento do sonho, duvidou da certeza advinda das entidades matemáticas, através do argumento do gênio maligno, mas não teve como duvidar que estava duvidando. Eis aí a primeira certeza: duvido, logo existo, mas duvidar é um modo de pensar, então: 'Penso, logo existo.', que significa: penso, logo tenho consciência de mim mesmo, ou penso, logo sei, ou penso, logo tenho consciência, ou penso, logo sei algo certo."
Como eu vou saber que estou duvidando da minha dúvida, se tenho dúvida que tenho dúvida?
Como posso ter consciência de mim mesmo, pode ser que minha mente possa está fazendo crer que tenho consciência de mim, quando na realidade é ela que está me fazendo crer assim para poder sobreviver, uma vez que eu tomando consciência do que sou não vou mais precisar dela! Aliás, ao me tornar consciente do que eu sou não vou nem precisar pensar, pois passarei a ser o ser sem necessidades algumas, serei pleno e terei todas as plenitudes em mim mesmo!
Ao me ver pensar é essencial ao existir, então se não penso não existo?! Nessse caso, os animais, as plantas, e todos os seres inanimados pensam, pois eles existem, ou existem porque eu penso que eles existem! No entanto, o pensar está sempre a cometer erros, se eu penso que existo, e esse pensamento estiver errado, então eu não existo, ou existo porque houve um erro no pensar?!
O que é que existe? O eu? O pensamento? A mente? Ou será que há um acordo entre os três para persuadir-me a acreditar que eu sou eu, eu sou o existo!
Mas, se eu penso, e em decorrência desse pensar eu existo, então eu devo pensar que o outro exista para que ele exista?! Ele deve pensar que eu exista para eu também exista???!!! Nesse caso não foi só eu pensar que eu existo, foi necessário também que o outro pensasse que eu existisse para que exista, ora mas eu havia pensado que ele existia, então eu o produzo e o outro me produz???!!! E se eu o produzo como o meu pensamento, e ele não me produz, eu não existo???!!! Então toda a humanidade depende de uma interminável cadeia de pensamentos a pensar sobre o exisitir???!!! E se um dia o pensar der uma parada???!!! É o fim da humanidade???!!!
A parte de azul não foi escrita por mim, no início do texto, o restante sim!
Palavra da Salvação!

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